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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

"Pra casar"

Então não foi a primeira vez que ouvi da boca de um homem que eu sou do tipo de mulher "pra casar".
Pois bem, parei para pensar no que isso pode significar. Cheguei a duas conclusões.
Primeira: Ele acha que eu não sou do tipo de mulher que se leva para beber, dançar e passar a noite insone, mas sim que eu devo ficar no conforto do meu lar, aguardando meu lindo e querido príncipe/marido chegar de seus afazeres. Comida pronta, crianças na cama.
Segunda: Ele me esperará chegar em casa depois de um longo e exaustivo dia de meu trabalho para que eu ainda lhe sirva seus caprichos e sustente suas vaidades.
Bom, queridos "futuros maridos", o que tenho a dizer a vocês é que a proposta era me fazer um elogio, passou bem longe. E se era para que eu soubesse que tens intenções de se casar comigo, esquece.


Um adendo: mulher "pra casar" é aquela mesma mulher que serve "pra namorar", cabe a ti, homem, ser bom o suficiente para que ela se case contigo, capiche?

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Explícito

Será preciso deixar assim? Claro? Translúcido?
Se precisar, eu deixo. Ponho os pingos nos is. Digo na cara.
Se for preciso mesmo, eu grito, escrevo, redijo, refaço e releio.
Só pra entenderes de uma vez por todas.
Se ainda sim for preciso mais, eu explico. Tin tin por tin tin.
Para que compreendas a coisa toda.
E, se mesmo com tudo isso não entenderes, eu deixo mais explícito.
Mais nu. Mais sem palavras. Até pornográfico de tão sem nada.
Já que tiraste tudo.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Geração 94

É, Cara Pálida, a Geração 94 já trabalha. Já está na faculdade. Já faz festa. Já bebe. Já dirige.
É, Cara Pálida, a Geração 94 já mora sozinha em minúsculos apartamentos na capital. Já anda por aí sozinha sem medo do Bicho Papão.
É, Cara Pálida, nós crescemos. E muito bem, diga-se de passagem. Crescemos e agora somos adultos, crescidos.
É, Cara Pálida, nós estamos chegando para ocupar os lugares que estão desocupados dessa sociedade e desbancar dos postos aqueles que não estão fazendo bem o seu trabalho.
É, Cara Pálida, nós chegamos para ficar. Nós, 94, e os 92, 93 também. Daqui a pouco os 95 já estão aí também. E você? Continua parado no mesmo lugar?
É, Cara Pálida, chegou a hora de sair correndo se tiver medo, por que agora só fica quem tá afim de fazer acontecer.
E aí, Cara Pálida, vai encarar?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O que elas querem

Sabe o que ela queria? 
Um cara de atitude. E de palavra.
Um cara de chegasse chegando. Com confiança. Convicção de si. Sem medo.
Não um menino. Um homem. Dono de si. Independente. De caráter.
Forte. Invocado. Cafajeste até. Quem sabe um pouco canalha. 
Um homem que viesse e não amarelasse. Um homem que não olhasse pra trás.
Um cara que dirige bem e rápido. Que tem emprego. Que estuda. 
Que tem planos na vida. Um cara com objetivos. Que pensa no futuro. 
Que luta por ele. E por ela. Que sabe o que quer. E corre atrás. 
Aquele tipo de homem que é homem. Mas que sabe ser delicado e cuidadoso. 
Que sabe ser querido e gentil. Que sabe agradar uma mulher. 
Que sabe toca-la. Que sabe beija-la. Um homem com pegada. Apaixonado. Louco. 
Com intuição. Que ouve e que fala. Que não tem muitas papas na língua.
Um cara respeitador, mas que gosta de ultrapassar alguns limites. 
Burlar algumas regras. 
Um homem feito. Bom pra ela e que faz dela boa pra ele.
É isso o que ela queria. 

Mas não só ela. Todas elas.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Algumas coisas nunca mudam

É claro que com o tempo e com muitas batidas de cabeça eu finalmente entendi: algumas coisas nunca mudam. Algumas pessoas também não.
Difícil entender como pode haver tamanha indiferença com a perfectibilidade.
O ser humano é perfectível e isso é o que nos torna realmente seres humanos. Nenhum outro animal é capaz de melhorar a si mesmo cada dia que passa. Nenhum, além de nós.
E, mesmo assim, tem muita gente sem a mínima vontade de fazer uma gota de diferença na sua vida, na vida do outro, no mundo.
É assustador viver em um mundo onde há tanta gente sem vontade de melhorar para conviver melhor, para ser melhor, para ser mais feliz, para alcançar objetivos, para traça-los.
A preguiça é tanta que as pessoas se acomodam em sua linda zona de conforto e atrasam a ordem no universo.
Mas tudo bem, as pessoas pensam diferente uma das outras.
Eu penso que o mundo é de quem faz.

Então, parafraseando com Inês Brasil: vam'bora fazendo!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Amantes

Eram dois amantes. Ele amava ela e ela amava ele.
Amavam-se dia e noite, todos os dias, em todos os momentos, em todos os lugares.
E nem era questão de sexo carnal. Era questão de amor.
Não deixavam de se amar nunca.
Estavam sempre se amando, mesmo longe um do outro.
Se alguém falava dela pra ele era só amor que saia da boca.
Um amor exaustivo de tão grande. Perdido de tão imenso.
Total de tão completo. Duro de tão forte.
Eram amantes. Na cama, no sofá, na rua, na chuva, no escuro e no sol.
Amavam se amar. O que os dois mais queriam era amor.
Um do outro. De mais ninguém.
Amantes que amavam amar o amor. Sem pudor e sem dor.
E assim é, com muito amor e calor.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Gente na vida da Gente


O acaso ou o destino fazem com que certas pessoas entrem no nosso caminho.
E outras nunca o cruzem.
Você já pensou nisto?
Quase sete bilhões de pessoas no mundo e você não conhece nem um por cento delas.
Por que?
Acaso? Destino? O que?
Todos os dias passamos por milhares de pessoas na rua e conhecemos tão poucas.
Por que?
Por que certas pessoas fazem parte de nossos dias e outras não?
Quem decide isso? Somos nós? O acaso? O destino?
Pessoas andam de ônibus todos os dias. Sentam do lado de pessoas que não conhecem e nem fazem questão de conhecer.
Por que?
Cumprimentar apenas as pessoas que conhecemos não é quase a mesma coisa que rever apenas filmes que já vimos? Ou visitar lugares que já fomos?
Por que é assim?
Todos os dias, na mesma parada de ônibus, pessoas descem e pessoas sobem.
As que descem nunca conhecerão as que sobem. Ou será que sim?
Será?
Fico me perguntando como funciona essa coisa toda de gente na vida da gente.
Por que algumas pessoas se tornam especiais e outras não?
Por que algumas a gente passa a conhecer e outras sequer vê na rua?
Por que?
Me sinto limitada de conhecer o mundo, pois não conheço as pessoas.
Por que quero conhecer o mundo todo se não me interesso em conhecer as pessoas estranhas que me cercam?
Por que?
Está tudo definido ou a gente que define quem entra e quem sai das nossas vidas?
Como?
Não sei entender. Talvez nunca entenda.

Ou talvez a pessoa que pudesse me explicar isso
nunca cruze o meu caminho.

domingo, 11 de agosto de 2013

Feliz Dia do

Feliz dia do...
"tu ainda tá dormindo? Levanta!"
"já to passando aí pra te buscar."
"quem é esse cara que te deu oi?"
"to chegando. Espera na frente."
"que horas te busco? meia noite?"
"quem vai contigo?"
"precisa abastecer o carro?"
"me ajuda a colocar a letra maior aqui no computador!"
"olha aqui as vídeo cassetadas!!"
"vamos na missa?"
"já tá pronta? Estamos atrasados!"
"não acha essa saia meio curta?"
"Ohhh, que bonita!"
"Filha, o pai te ama!"

Feliz Dia dos Pais a todos os pais do mundo, mas especialmente ao meu pai.
Feliz Dia dos Pais não só hoje, mas se tem um dia especialmente para homenageá-los que assim seja.

sábado, 10 de agosto de 2013

Papéis


Fico pensando nessa preocupação de ocupar papéis.
Pessoas lutando pelo papel da vítima. Para não interpretarem o vilão.
Essas pessoas esquecem que não há apenas dois papéis em uma história.
Porque ninguém mais quis ser o heroi?
Ora, o heroi sempre foi tão aplaudido nas história fictícias. Porque não seria na vida real?
Porque não ser o heroi?
E quanto aos mocinhos? Porque não sermos os mocinhos?
Não preciso ser a princesa presa no castelo, mas posso ser a moça boa e querida do campo.
Tu não precisas ser o príncipe, mas pode ser aquele bom moço que todos no vilarejo cumprimentam todas as manhãs.
Bom, podemos tentar interpretar esses papéis.
Apenas tentar.
Ou quem sabe podemos interpretar outros. Aqueles diferentes que surgirem.
Talvez aqueles de figurantes. Ou de produção.
Não precisa ser de vilão.
Mas temos que interpreta-los de coração.
E se não nos adaptarmos em nenhum, podemos ser plebeu e plebéia.
E se mesmo assim não der, podemos ser nossa própria platéia.
E de lá, assistirmos a todas as histórias.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Incrivelmente Mudada - parte 2

Em 23 de agosto de 2011 escrevi um texto chamado Incrivelmente Mudada e, hoje, escrevo outro.
É incrível pelo fato de que em alguns anos eu mudei tanto meus pensamentos, aprendi tantas coisas, bati a cabeça tantas vezes.
É incrível por que nascemos e crescemos sendo educados a sermos sempre nós mesmos e então, muitas vezes nos atemos a quem somos agora como se a mudança também não fizesse parte de ser você mesmo.
Não sei se fui clara, mas o que quero dizer é que, mesmo que mudemos, a pessoa que passamos a ser não é outra, continua sendo nós mesmos, só que diferente.
Sermos nós mesmos não implica necessariamente em ser a mesma pessoa sempre, isto é diferente. Na verdade, isto é quase burrice.
Ser a mesma pessoa sempre com medo de não ser mais você mesmo o torna uma pessoa inflexível a adversidades, o torna uma pessoa difícil de se adaptar a novas condições de vida, a novas oportunidades. Na verdade, muitas pessoas têm tanto medo de deixar de serem elas mesmas, que deixam muitas oportunidades passarem e pior, por o "eu mesmo" delas ser orgulhoso, elas não se arrependem.
Atenção! Mudar não significa seguir o que os outros querem que você seja. Significa estar aberto a novos aprendizados e conhecimentos para que essas coisas mudem a gente.
Mudar não significa deixar de ser quem você é, por que mesmo mudado, você continua sendo alguém. A diferença está se você se sente bem e seguro com a pessoa que é, passou a ser ou deixou de ser.
Se você mudou e não é mais quem foi, isso é completamente normal.
Fique seguro de si.
E, seja quem for, seja feliz.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

(Ins)Piração

Sabe aquelas noites em que tu já vai dormir tarde, deita na cama e não consegue dormir. É claro que sabe. Todos sabemos.
Muita gente diz que é o estresse, outras que são os fatos do dia que ficam atormentando. No meu caso são ideias borbulhando.
Tem dias que eu fico tão inspirada para escrever tanta coisa que eu simplesmente não consigo parar de formular os textos, pensar nas palavras, virgular as frases.
Não sei se você já se sentiu assim, mas te digo, meu amigo, não é algo que se queira todas as noites.
As ideias nem sempre são tão boas e são nessas que eu perco mais ainda o meu sono. Tentando melhora-las, ajeita-las, para que saia algo bom e útil dali.
Nem sempre sai, claro. Mas eu continuo tentando.
Este texto aqui, por exemplo, é um daqueles "nada demais" que surgiram ontem de noite quando eu não conseguia dormir de tanto pensar em ideias para escrever.
Talvez tu não gostes dele, mas eu queria apenas compartilha-lo contigo.

sábado, 3 de agosto de 2013

HAIM - Forever


Quando a gente conhece músicas novas e não consegue parar de ouvir, sabe? Pois é.
Quero compartilhar com vocês minha nova paixão: HAIM.

Espero que gostem.

Enjoy.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Aprender a Perder

Eu já suspeitava, mas não queria acreditar.
Enganando a mim mesma mais um vez e dizendo que não é bem assim.
Mentindo pra mim, uma das piores coisas que tem.
É, eu não aprendi a perder.
Na verdade, aprendi a perder várias coisas. Materiais.
Esta é a primeira vez que estou perdendo algo que está levando um pouco de mim junto.
Mas também é a primeira vez que estou perdendo algo e estou ficando com um pouco de outro.
Experiências e momentos memoráveis eu guardo, mas não os tenho mais. E isto é o mais difícil de aceitar.
Aceitar que perdi tudo isso e que a vida tem que seguir em frente, mesmo que doa perder.
É preciso levantar a cabeça e dizer que ok, perdi, mas ainda tenho MUITAS coisas.
Perder uma não pode significar colocar todas as outras a perder.
Perder significa aprender a não ter mais e seguir sem aquilo.
É horrível, mas é necessário.
Nunca serei muito boa perdedora, mas não ser boa perdedora não fará de mim vencedora, portanto devo entender.
A gente erra e perde, mas a gente só aprende perdendo e errando.

Obrigada, Pai.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Passe adiante

Oi, querido leitor.
Gostas das postagens do blog?
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Queres fazer algum comentário sobre a postagens e mostrar aos amigos?
Então usa estes botões que ficam logo abaixo da assinatura das postagens. Eles facilitam para que você possa compartilhar qualquer post do blog nas suas redes sociais.






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Então, tá esperando o que pra compartilhar, hein?!
Passe adiante.

domingo, 28 de julho de 2013

Sem roteiro, rota ou rumo

Uma vez uma pessoa muito sábia tentou me ensinar que nem tudo na vida tem que estar programado, planejado. As coisas devem seguir um curso natural, acontecerem. Eu achei a maior bobagem, afinal não parece muito mais seguro saber exatamente onde, como e quando vamos?
Pois é, só parece. Pense: é mais seguro estar preparado para qualquer imprevisto, pois imprevistos fazem parte de não se ter roteiro, ou é mais seguro ser pego de surpresa quando seu plano não dá certo?
É claro que tem coisas que precisamos planejar, mas nem tudo. As coisas, mesmo que planejadas, não saem exatamente como queremos e isso é completamente normal. A vida é assim.
Somos tão inseguros com a vida, afinal não sabemos o que nos espera no próximo segundo, que temos a tendência de querermos planejar tudo para que tenhamos uma falsa sensação de segurança.
A vida é uma eterna dúvida e anseio. A vida anda e a gente não faz ideia do que nos espera. Parece apavorante, mas acho que é o único motivo de estarmos vivos: procurar sempre a resposta que nunca é resolvida, esperar pela próxima surpresa da vida.
A vida prega peças, mostra verdades, nos enche de dúvidas, mas esta é a grande graça da vida, afinal se soubéssemos o fim, não teria graça viver o agora. E se quisermos sempre adivinhar e planejar o fim, vamos acabar nos decepcionando.
É por isso que devemos viver mais sem roteiro, rota ou rumo. Devemos nos deixar levar mais pelos fatos e pelas coisas que nos acontecem e não tentar fazer com que elas sejam sempre exatamente como queremos, isso é triste, pois acabamos não experimentando nada novo de verdade, tudo acaba sendo como queremos, então não é como realmente é.
Enfim, aproveitar cada segundo é o que basta. Planeje o próximo segundo, a próxima semana, o próximo mês, mas não fique tão obstinado que os seus planos dêem certo. Aproveite como vier.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O que significa

"Cuidado" foi o que ele disse.
"Cuidado com o que você fala. Cuidado com o que você pronuncia."
As intenções dele não eram ruins, só queria que ela não alimentasse uma ilusão.
Na verdade, ela sabia bem o que dizia.
Ela sabia que o que dizia significava apenas o que ela dizia, nada além.
Ela também disse isso a ele. Que ele dissesse o que sentia, afinal o que ele diria iria significar apenas o que ele diria.
Um "estou com saudades" não significa "eu te amo".
Um "te quero perto" não significa "vem cá".
Um "eu te amo" não significa "não consigo viver sem você".
Por mais que as pessoas achem que sim, as palavras não significam nada além do que elas significam de fato.
Temos tantas palavras para usar, por que usaríamos uma para expressar outra?
As pessoas usam as palavras que acham propício usarem para cada ocasião. Às vezes elas se equivocam nas palavras que empregam pelo simples fato de acreditarem que podem usar uma palavra para significar outra. E não podem. E é apenas por isso que existe a ilusão.
"Cuidado" foi o que ele disse e ele apenas quis dizer "cuidado".

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Hiato

Hiatos são sílabas vocálicas de uma mesma palavra que são separadas por precisarem de dois esforços de voz para serem pronunciadas. 
Hiatos sempre foram um problema para mim no momento de separação de sílabas. Nem sempre eu conseguia entender o "dois esforços de voz" e acabava errando a questão.
Até hoje fico na dúvida e não hesito em procurar no dicionário - ou no google.
Parece até meio clichê, mas os hiatos no português não são meu únicos problema com "separações".
Hiatos de vida, de momentos, de relações, de clima, de mistério, de amor, de surpresa. Hiatos de coisas que não deveriam ser separadas de mim. Mas foram.
O hiato é o buraco que fica. A falta do preenchimento.
Nada preenche o hiato. Ele vai estar sempre ali.
Até que alguém invente uma regra que una os hiatos e torne-os ditongos, eles sempre serão hiatos.
Hiatos vazios e sem nada. Hiatos. Apenas.
Os hiatos doem, mas os hiatos também curam.
Às vezes o melhor era que estas duas sílabas não se encontrassem mesmo. Que ficassem um pouco mais separadas. Longes. Distantes. 
O hiato não existe por nada. Ele foi estudado e ocorre por motivos de "força maior".
Apenas sinto que o hiato é mau, pois ele corta coisas e deixa vazio. Mas na verdade o hiato é o grande nada. 
Ele é o próprio vazio que o causa. Ele, por vezes, escolhe separar, mas também não lucra nada, pois ainda é vazio. Um nada.
Enfim, haverão sempre muitos hiatos em nossas vidas. Grandes. Pequenos. Médios. Invisíveis. 
Terão aqueles hiatos que tu não vê que estão ocorrendo e, quando se dá conta, já estão tão grandes que nem uma ponte pode unir o que já esteve junto.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Página do Borboleteando

Você já deu uma olhadinha na Página de Facebook do Borboleteando?

Olha lá, curte e fica por dentro de todas as postagens e de mais surpresinhas fofas que só o blog te proporciona!

Clica aqui e curte lá! :D

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Em defesa dos acusados



Passei grande parte da vida sendo a favor da pena de morte, mas acabei tendo que rever alguns conceitos. Não por alguma situação pontual, mas por amadurecimento e vivência.
Hoje vejo que quando nos colocamos a favor da morte de alguém que matou outra pessoa, apenas nos tornamos iguais ao primeiro, assassinos. Sim, assassinos, por que concordamos com a morte de alguém, seja ela quem for.
Condenar alguém à morte ou à prisão perpétua não torna a sociedade mais segura. Aliás, há quem pense que assassinos não merecem defesa, pois fizeram algo errado e têm o dever de cumprir pelo o que cometeram. Está certíssimo, fora o fato de não poderem ter defesa.
A defesa é um direito humano, primórdio, primário e pétreo. Se alguém é contra este direito, significa que é contra o próprio direito de defesa, seja ele qual for; assassinato, estelionado, furto ou até aquela mentirinha que você contou à sua mãe. Todas as pessoas têm sim o direito de possuírem defesa, por pior que elas sejam. Sabe por que? Pelo simples fato de serem iguais a você, ser humano.
A Sociedade tem a terrível mania de ter preconceito para com todas as pessoas que cumprem pena, pois são maus e merecem não voltar a conviver em sociedade.
Mas, Sociedade, você parou para pensar que antes de julgar estas pessoas que cometem delitos, você as vitimou primeiramente? Vitimou das mais rudes maneiras. Você às destratou, trocou de lado da rua por ver um negro, não deu bom dia a um catador de lixo, não foi gentil com o porteiro, não quis “se misturar” aos mais pobres, não teve a bondade de doar roupas e alimentos a quem precisa e por ai vai.
Sabe por que você não fez isso, Sociedade? Por que você tem o péssimo hábito que continuar achando que está na Ditadura Militar e que a polícia deve prender qualquer pessoa que “achar suspeita por aí”. Sabe por que você pensa assim, Sociedade? Por que isto foi impregnado na sua cabeça desde a mais primitiva educação. Sabe por que? Por que você ainda não entendeu o real significado de RESPEITAR O PRÓXIMO e de SE COLOCAR NO LUGAR DO PRÓXIMO.
Sabe por que você é atacada, Sociedade? Por que você não exerga que a mudança deveria começar por você. Não é o governo, não é a prefeitura, não é a escola, é você.
Para finalizar, Sociedade, não haverá melhor segurança nas ruas se você deixar o Judiciário aprovar a lei que não libera mais os presos para o regime semi-aberto, que não libera mais os presos irem ver suas famílias em dias comemorativos. E não venha me dizer que todos eles saem para cometer delitos, pois, como você gosta de dizer em suas manifestações pelas ruas, “é apenas uma minoria que a mídia mostra e que mancha toda a ideologia do movimento”. Entendeu, Sociedade?
Então passe a respeitar os outros para que eles comecem a respeitar você.

domingo, 7 de julho de 2013

O dom da Indireta

A Indireta, velha amiga minha dos tempos mais críticos.
Ela sempre acompanha quando preciso dizer algo e não sei como.
Não a julgue. Não me julgue.
Eu e a Indireta somos amigas. Até por isso que ela não me ofende.
Não se ofenda também. Ela não tem más intenções.
Ela avisa. Anuncia. Comunica.
Você entende a Indireta, mas se irrita com ela.
Você queria que ao invés da Indireta, as pessoas usassem outra amiga: a Verdade.
A Verdade dói mais, a Verdade machuca.
Tem gente que gosta de Verdades, mas tem gente que não gosta de dizê-las.
Ao invés de dizer Verdades, tem gente que recorre às Indiretas.
Não é de todo ruim. Ela é um pouco mais genérica e você entende igual.
Qual o problema?
A Indireta tem sofrido grande preconceito, mas ela é tão eficaz.
Esta querida amiga já foi usada por todos, inclusive por você que a discrimina.
Fala que ela é feia e má.
Ela é um dom. Ela tem um dom.
O dom de dizer sem falar.
De avisar sem sinalizar.
Acredito tanto na eficácia da Indireta que aposto que, provavelmente, você aí lendo se lembra de quantas vezes usou a Indireta para dizer algo a alguém, ou recebeu uma Indireta e entendeu o recado.
Não julgue a Indireta. Ela cumpre com seu papel.
Mas e você? Cumpre com o seu?