quinta-feira, 28 de abril de 2011

Caminhos escolhidos e por escolher

Os nossos caminhos são inumeráveis, mas incertas são as nossas estadias.     
  Saint-Jonh Perse    


Tenho uma imensa vontade de rir alto. De nervosismo.
Ás vezes, ou quase sempre, eu gostaria de poder controlar todos ao meu redor. Gostaria fervorosamente de que as pessoas mais íntimas minhas só fizessem o que eu peço, talvez para não machucá-los, talvez para não me machucarem.
Enfim, não sei se estou ficando louca ou se só preciso urgentemente de um psicólogo, mas estou escrevendo, com certeza essa é a melhor terapia por enquanto.
Não faço ideia do que fazer. Talvez ajustando algumas coisas em minha vida, eu consiga barrar o fato, mas também seria muito impulsivo.
É horrível ter certeza de que nada será igual depois, que não teremos mais tempo um para o outro, que não nos veremos tanto e que nossa relação se resumirá em nada. Ainda para melhorar, é meu último ano de escola, muitos afastamentos e a última pessoa que eu gostaria de me afastar é essa.
O que fazer quando se sabe a resposta mas não se sabe a equação?
Preciso me retirar, pensar, mas não tenho muito tempo. Preciso decidir, fazer e não olhar pra trás. Ou deixar que vá - e talvez me arrepender. Quem sabe? Talvez tudo dê errado. Talvez eu deixe nas mãos de Deus. Mas sempre preferi deixar as coisas serem decididas por mim, Deus tem pessoas que precisam mais dele do que eu.
Parece lucura e é, com certeza. 
Se não fazem ideia do que estou falando mas já passaram por um nó tão grande no cerébro como o que estou agora, sintam-se felizes por não serem os únicos loucos. 
Se fazem, não chutem muito, não é a morte de ninguém tá?
Só uso este meio como forma de expressão. Então, por qualquer coisa, eu peço desculpas.

domingo, 24 de abril de 2011

Reciprocidade

reciprocidade (latim reciprocitas, -atiss. f. 1. Caráter do que é recíproco; 2. Mutualidade.


O que é recíproco. Em pequenas palavras poderíamos dizer que é dar e receber - talvez, numa forma de agradecimento. Entratanto, significa mais do que muitos têm a capacidade de entender. 
Não é apenas o ato de dar, nem o de receber. 
É como foi para chegar até lá.
É valorizar a causa, o ato; não o objeto.
É sentir o amor do outro naquilo.
É ver com olhos de ingenuidade o quanto aquilo pode te trazer lembranças boas.
É fazer de tudo e correr atrás e não sentir a mesma afeição e carinho da outra pessoa.
É se esmerar para agradar - sempre. 
É chorar de verdade em uma partida. É sentir falta mesmo ainda estando do lado.
É sair de casa, na chuva - sem guarda-chuva - apenas para ver, perguntar como está. Ficar um pouco mais perto.
É bancar o babaca, paga-pau.
É saber o quanto o outro precisa de você e então largar tudo e ir para socorrer - mesmo sabendo que quando você precisar, essa pessoa pode ter coisas mais importantes para fazer.
É entender que nem todos amam e pensam da mesma maneira, nem todos conseguem enxergar todo esse esforço, nem todos reagem da mesma forma, nem todos leem os pensamentos dos outros, nem todos agradam quando gostariam de agradar, mas todos veem a mesma coisa, de vários pontos de vista. 
E, a partir disso, ter certeza de que nem sempre se terá uma reciprocidade pelo o que se faz, mas se sentirá útil e bem mesmo assim, apenas por fazê-lo, apenas por saber que não se arrepende disso. 
É continuar fazendo, e ver como, onde ou em que acaba todo o esforço.
Talvez um dia, essa pessoa abra os olhos e veja tudo o que fizeste- ou não.
É não perder as esperanças.
Mas é não esperar nada em troca.
É se conformar.
É ser paradoxo, mas é uma maneira de ser feliz.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Entrando em cena

Quantas vezes ficamos atrás das coxias esperando a nossa vez de entrar em cena? Muitas vezes estar lá atrás, nos bastidores, nos dá tempo para pensar no que faremos adiante. Mas... e quando não queremos entrar em cena? O que podemos fazer quando o medo nos pega de surpresa? O que fazemos quando pensamos demais no que as pessoas falarão de nós?
Muitas pessoas são tímidas desde criança, isso muitas vezes dificulta na hora de tomar decisões ou expressar o que realmente sentem. Outras, acabam ficando tímidas em algumas ocasiões, talvez por medo, por achar errado ou por qualquer outro motivo que as bloqueia de ir adiante.
Muitas vezes, na minha vida, neguei coisas das quais acredito que deveria ter feito, porém, por medo dos outros ou de mim mesma, não fiz. Não sei se estaria aqui hoje, nunca saberei, mas talvez eu teria gostado de ter feito. Muitas vezes, fiquei com medo de ser um pouco diferente, de expor alguma opinião que não vai de encontro à opinião da maioria. Muitas vezes, olhei para alguém me olhando torto depois de algo que fiz, me senti mal por isso e me retrai daquela ação. Muitas vezes, pensamos que deveriamos ficar na nossa e então, o medo de entrar em cena... entra em cena! Nos desesperamos por que achamos que estamos sempre errados - e a probabilidade de estarmos errados é muito grande perante os outros - e tentamos sempre aprender com aquilo, nos culpamos pelas coisas que não dão certo, ou que não saem como deveriam sair. Contudo são poucos os que param e pensam... Será que eu não tinha REALMENTE o direito de expor o que eu pensava. Claro que, muitas vezes, pessoas exageram nesta história de liberdade de expressão, todavia, é necessário que tenhamos nossas próprias conclusões sobre TUDO ao nosso redor, que sejamos um pouco mais críticos, que não nos contentemos com o que está pronto, que saibamos colocar nossas ideias e que paremos para refletir sobre os outros também!
A partir do momento que nos dermos conta de que temos voz - todos nós temos -, de que podemos brilhar e de que a probabilidade de estarmos errados não está muito longe da probabilidade de estarmos certos, entraremos em cena, no ato da vida, em uma apresentação em que os protagonistas somos cada um de nós, em nosso próprio palco, proporcional e perfeitamente feito para mostrar o que somos capazes de fazer, onde as coreografias as músicas e os textos foram feitos para mostrar a todos muito mais as nossas virtudes do que os nossos defeitos! Façamos brilhar a luz que há em nós!
Há uma música da Katy Perry que fala sobre exatamente isso, e será ela que eu colocarei para refletirmos sobre nossos próprios preconceitos e as barreiras que nós mesmos colocamos nas coisas que queremos fazer. Não será do dia para a noite que mudaremos nossa atitude, mas o primiero passo foi dado: Reconhecimento! Agora... é só dançar e ser FELIZ!

terça-feira, 5 de abril de 2011


Pra Você 
Paula Fernandes

Eu quero ser pra você
A alegria de uma chegada
Clarão trazendo o dia
Iluminando a sacada

Eu quero ser pra você
A confiança o que te faz
Te faz sonhar todo dia
Sabendo que pode mais

Eu quero ser ao teu lado
Encontro inesperado
O arrepio de um beijo bom
Eu quero ser sua paz a melodia capaz
De fazer você dançar

Eu quero ser pra você
A lua iluminando o sol
Quero acordar todo dia
Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você
Braços abertos a te envolver
E a cada novo sorriso teu
Serei feliz por amar você

Se eu vivo pra você
Se eu canto pra você
Pra você 

Singela homenagem às pessoas mais importantes para mim, meus melhores amigos e minha família.
Agradecimento especial à Marjorie Helmich por ter me passado tão bela música.