terça-feira, 22 de outubro de 2013

Geração 94

É, Cara Pálida, a Geração 94 já trabalha. Já está na faculdade. Já faz festa. Já bebe. Já dirige.
É, Cara Pálida, a Geração 94 já mora sozinha em minúsculos apartamentos na capital. Já anda por aí sozinha sem medo do Bicho Papão.
É, Cara Pálida, nós crescemos. E muito bem, diga-se de passagem. Crescemos e agora somos adultos, crescidos.
É, Cara Pálida, nós estamos chegando para ocupar os lugares que estão desocupados dessa sociedade e desbancar dos postos aqueles que não estão fazendo bem o seu trabalho.
É, Cara Pálida, nós chegamos para ficar. Nós, 94, e os 92, 93 também. Daqui a pouco os 95 já estão aí também. E você? Continua parado no mesmo lugar?
É, Cara Pálida, chegou a hora de sair correndo se tiver medo, por que agora só fica quem tá afim de fazer acontecer.
E aí, Cara Pálida, vai encarar?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Loucura Pura

Imagina que louco tu vir falar comigo dizendo que tá afim também e daí já me convidar pra sair me pegar aqui em casa e me levar pra jantar depois sairmos por aí sem rumo conversarmos um monte sobre as nossas vidas e aí tu me dizer que sempre esteve de olho em mim e aí eu te conto que também sempre estive de olho em ti e a gente se beijar e se amassar dentro do teu carro magnificamente lindo e nós nos prometermos juras lindas de amor e tu me pedir em namoro na mesma noite ou em outra pode ser também e a nossa história começar assim nessa loucura louca e repentina como este texto que brotou da minha cabeça imagina que louco uma história sem vírgulas assim que eu já estou sem fôlego por escrever imagino você de ler mas imagina uma história de amor assim rápida mas nem precisa ser curta mas que seja sem virgulas e sem pontos para que seja perfeitamente eterna
Imagina que louco.

O que elas querem

Sabe o que ela queria? 
Um cara de atitude. E de palavra.
Um cara de chegasse chegando. Com confiança. Convicção de si. Sem medo.
Não um menino. Um homem. Dono de si. Independente. De caráter.
Forte. Invocado. Cafajeste até. Quem sabe um pouco canalha. 
Um homem que viesse e não amarelasse. Um homem que não olhasse pra trás.
Um cara que dirige bem e rápido. Que tem emprego. Que estuda. 
Que tem planos na vida. Um cara com objetivos. Que pensa no futuro. 
Que luta por ele. E por ela. Que sabe o que quer. E corre atrás. 
Aquele tipo de homem que é homem. Mas que sabe ser delicado e cuidadoso. 
Que sabe ser querido e gentil. Que sabe agradar uma mulher. 
Que sabe toca-la. Que sabe beija-la. Um homem com pegada. Apaixonado. Louco. 
Com intuição. Que ouve e que fala. Que não tem muitas papas na língua.
Um cara respeitador, mas que gosta de ultrapassar alguns limites. 
Burlar algumas regras. 
Um homem feito. Bom pra ela e que faz dela boa pra ele.
É isso o que ela queria. 

Mas não só ela. Todas elas.

Seis Meses

Hoje é um dia muito especial para mim. Para nós, na verdade. Hoje completamos seis meses de um relacionamento muito íntimo e concreto. É lindo o que temos juntos e a cada dia eu me apaixono mais por ele. E ele por mim. A cada dia que passa nosso relacionamento amacia. Eu aprendo a guia-lo melhor e ele, a me ajudar quando preciso.
Começamos um pouco tímidos, não nos conhecíamos muito. Eu havia procurado um pouco mais sobre ele, mas ainda não tinha certeza se daria certo. No início eu saia com ele alguns dias à noite para nos conhecermos melhor, mas sempre com o meu pai do lado - este tinha medo que eu fizesse algum tipo de bobagem. Aí, quando fomos pegando confiança um no outro e nos conhecemos melhor começamos a sair mais juntos. Agora sozinhos. Até mesmo de dia. Me tornei quase dependente dele. Vamos juntos a quase todos os lugares, é sempre mais legal e mais confortável. Até criei um apelido para ele que só eu chamo. Coisa de amor.
Descobri que ele gosta de algumas músicas que eu também gosto, mas quando ele não quer ouvir, ele simplesmente desliga o rádio e não me deixa ligar de novo. Mas eu compreendo. Às vezes ele fica cansado de me ouvir cantando junto com o cantor da música. Deve ser chato.
Ele é muito carinhoso e querido. Usa sempre uma espécie de colar que eu mandei fazer especialmente pra ele com as primeiras letras do meu nome e meu ano de nascimento.
Hoje já somos quase um só quando estamos juntos. Uma sintonia perfeita. Ele é a minha extensão. Eu sou sua guia. Nós seguimos por inúmeros caminhos juntos, até alguns bem desconhecidos, mas nos ajudamos e estamos aí, felizes da vida. E juntos. De vez em quando ocorre um outro arranhão, mas nada sério, sempre fizemos as pazes. Quando maltratam ele eu xingo muito, pois não gosto de vê-lo resmungando. Às vezes ele reina, não quer ir a um ou outro lugar, mas eu insisto e ele sempre acaba cedendo. É um relacionamento que vai durar bastante e nós estamos prontos para este futuro.
Eu e o meu Luigi.
Eu e o meu Palio Branco 4 portas.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Idiotice minha

É! Foi só mais uma idiotice minha. Mais umas palavras jogadas pela janela. Mais uns olhares em vão.
É, foram só mais uns dias perdidos sem retorno. Umas horas passadas sem resposta.
É, foi só mais uma espera sem volta. Mais uma esperança chutada pra fora.
É, foi só mais cinema gasto pra nada. Mais um passeio sem valor.
É, foi só mais uma idiotice minha achar que dava em alguma coisa, sendo que alguma coisa, pra muita gente, significa coisa alguma.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Partilha dos Bens

Parei pra pensar hoje que até em um namoro, seja ele de longo ou curto prazo, há partilha de bens. Materiais e imateriais. Não se trata de um partilha escrita em papel, física e assinada. É algo mais subjetivo, mais imaterial. Mas a força deste contrato inconsciente é a mesma. Funciona mais ou menos assim: ele não vai nos restaurantes que ficam perto da faculdade ou trabalho dela. Ela idem. Quando um deles vai, fica em alerta o tempo todo, como em um território inimigo, intimidado. Ela não vai mais às festas que sabe que vai encontrar ele. Ele idem. É por que não querem se ver? Não sei se é exatamente por evitar esse encontro. Acredito que seja mais uma questão territorial mesmo. Cada um no seu quadrado. E a partilha dos amigos? Ah, essa também acontece. Alguns ficam mais com ele. Outro mais com ela. Outros ficam longe dos dois. Ninguém entende o porquê. Talvez fossem amigos do relacionamento mesmo, não de cada um separadamente. Não faço ideia se isso tudo faz sentido. Só parei pra pensar nisso hoje.