quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Tomate


Você pode nem entender muito o motivo deste post, não tem problema. Se não lhe chamar a atenção, nem leia. São aquelas minhas introspecções um pouco loucas que poucos loucos compreendem.

Desde que me conheço por gente eu amo tomate.
Minha fruta favorita, o tomate estivera presente em quase todas as minhas refeições.
Cereja, Gaúcho ou Italiano. Qualquer um.
Eu adorava. Tudo o que tivesse tomate eu comia.
Adorava massa com molho vermelho ou tomate bem temperado como salada.
Consumir os dois juntos então, uma delícia.
Até que eu comecei a notar que o tomate me fazia mal.
Não mal de me dar enjoos, ele me dava acne.
Sim, isso mesmo.
Eu não quis acreditar e, para provar para mim mesma que não era verdade, parei de comer tomate por uma semana.
Minha pele ficou lisinha e sem nenhum "item" indesejado.
Aí comi tomate de novo, vieram as benditas.
Não era muita acne, mas criava uma e outra.
Parei de novo por duas semanas. Sumiram completamente.
Então, por livre e espontânea vontade, parei de comer tomate.
O retirei de todas as refeições. Evitava comer qualquer coisa que o contivesse.
No começo era difícil ver tomate e não comer. Sempre tentava me esquivar para não querer.
Me dava água na boca.
Mas com o tempo fui me acostumando. Bem aos pouquinhos.
Hoje, bastante tempo depois, nem sinto mais vontade de comer tomate. Vejo os outros comendo e não quero.
Engraçado, eu penso. Consegui me afastar de algo que eu gostava tanto e que hoje nem sinto mais tanta falta.
Engraçado por que dava água na boca e hoje nem faz diferença.

Engraçado por que talvez não seja só com o tomate que eu reaja assim.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Brega


Se eu pudesse me definir em uma palavra, eu acho que diria que sou uma pessoa Brega. E sem vergonha nenhuma disso, assumo essa condição. Acho que é até um pouco brega assumir condições, então acho que estou certa. Acho.
Sou brega por que ao invés de Atlântida, eu escuto Continental todos os dias. E conheço a maioria das músicas. E canto junto.
Sou brega por que na minha lista de músicas preferidas estão "In The Mood" "Oh Happy Day" "Seasons of Love" "Let It Be" "Unwritten" e não Rihanna ou Beyoncé.
Sou brega por que ao invés de estar sempre super antenada nos lançamentos de filmes, eu adoro assistir aquelas comédias antigas que me fazem rir muito mais.
Brega por que tenho algumas roupas que não combinam e eu as uso mesmo assim, até achando que combinam um pouquinho.
Brega por que planto flores em vasos de barro e as rego quase todos os dias com uma jarra improvisada.
Brega por que repito mil vezes que amo flores e que acho breguissimamente lindo quem que dá flores para outras pessoas. Flower Power.
Brega por que meu chocolate preferido é Lollo e é o único que eu gosto de verdade.
Brega por que queria ter nascido em épocas passadas, quando as pessoas eram todas umas mais próximas das outras e amavam a convivência.
Brega por que mesmo gostando das facilidades desta época de tecnologias, ainda aprecio muito mais um olho no olho, cara a cara.
Brega por que ainda escrevo em um blog que pouca gente lê e adoro isso.
Brega por que misturo um pouco de cada escola literária na minha vida. Às vezes mais romantismo, às vezes mais barroco, às vezes mais realismo, às vezes mais naturalismo, às vezes mais modernismo. Misturando tudo e criando uma outra coisa que nem eu sei dar nome. Talvez vida, sei lá.
Brega por que ainda gosto de revelar algumas fotos e ficar olhando pra elas por horas e revivendo aquele momento maravilhosamente eternizado.
Brega por que queria muito pintar uma combi ou um fusca todo colorido com meus amigos.
Brega por que morro de amores por quem quero perto e, involuntariamente, quero viver aquelas histórias de filmes, bem bregas mesmo.
Fazer o que? Sou assim mesmo.
Brega, mas feliz.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Amantes

Eram dois amantes. Ele amava ela e ela amava ele.
Amavam-se dia e noite, todos os dias, em todos os momentos, em todos os lugares.
E nem era questão de sexo carnal. Era questão de amor.
Não deixavam de se amar nunca.
Estavam sempre se amando, mesmo longe um do outro.
Se alguém falava dela pra ele era só amor que saia da boca.
Um amor exaustivo de tão grande. Perdido de tão imenso.
Total de tão completo. Duro de tão forte.
Eram amantes. Na cama, no sofá, na rua, na chuva, no escuro e no sol.
Amavam se amar. O que os dois mais queriam era amor.
Um do outro. De mais ninguém.
Amantes que amavam amar o amor. Sem pudor e sem dor.
E assim é, com muito amor e calor.

Tão Meu

Tão meu. Eu olho o nome, olho o rosto. Parece tão meu.
Eu penso no andar, é tão meu. Lembro da voz, tão minha.
Resgato os trejeitos, tão meus. Remonto as piadas, tão minhas.
Eu cuido dos erros, tão meus. Revisito os defeitos, tão meus.
Aqueles lábios, aqueles beijos, tão meus.
Eu lembro do começo, tão único e tão meu. Eu lembro do fim, tão eu.
Não sei se é uma questão de possessividade, mas só consigo imaginar isso tudo meu, comigo, perto, quente.
Tão meu por ser completamente meu. Não se esvai. Por enquanto.
É tão meu que só consigo pensar em um futuro assim, tão eu e tão meu.
Aquele amor, tão nosso.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Uninspired

Tem dias, semanas, meses, épocas, fases, em que não estamos inspirados. Queremos escrever e não conseguimos. Bloqueados criativamente por inúmeras coisas da vidas. Uma merda.
Como quero escrever muito e consigo muito pouco e não gosto de nada, resolvi escrever sobre a própria falta de inspiração de escrever. A ideia é ver se assim me desbloqueio um pouco e volto a escrever coisas boas - boas pra mim, pelo menos.
Espero que dê certo, mas pelo menos escrevi, hoje, até aqui.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Leve

Leve, leve e bem sincero
Leve, leve e levando
Devagar e sem pressa
De mancinho como um sono profundo

Leve, leve como uma pena no ombro do sujeito
Como a batida do peito, que leva pro fundo
Leve, leve, leve e vá levando
Ainda que devagando levemente

Leve como um soneto da aurora
Aqui e agora, leve
Leve sem corridas e sem pódios
Sem largada e sem ódio

Leve como o som do bom blues
Leve como o céu azul ou como as nuvens brancas
Voando e voando sem lugar 
Nem hora pra chegar

Leve, leve e forasteiro
Não sei o que vem primeiro
A saída ou a chegada
O encontro ou o beijo

Leve como o infinito
Sempre tão sutil e bonito 
Leve como a mente, incoerente
Leve mente

Leve, mas não leve embora
Levemente, me leve junto, pertinho
Devagarinho 
Para que eu aprecie o caminho

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Quem sou eu?

Deito na cama depois de um fim de tarde chato e, digamos, tedioso. Penso em ler meu livro de cabeceira atual. Na verdade, é meu livro de criado-mudo - vulgo bidê - atual. Pego-o na mão e vejo o quão empoeirado está. Ou passou um caminhão carregado de pó dentro do meu quarto, ou já faz alguns dias que o livro está ali - sem ser lido. É outro livro da Tajes, a minha maior diva da escrita. Estou na página 22 - desculpe-me Claudinha, as coisas não têm transcorrido da maneira esperada.
Pego o livro, limpo-o um pouco e começo a leitura. Mas minha mente está em outras rotações, não me permite a leitura. Paro e me pergunto - como faço muito - "Quem sou eu?"
Parece estranho se perguntar isto apenas ao não querer ler o livro naquele momento, mas vai muito além disso. Quem sou eu? Eu sou aquela guria que gosta de ler um pouco de um livro cada noite antes de dormir? Ou eu sou aquele guria que deita e dorme como uma pedra de cansada? Ou ainda eu sou aquela guria que deita com os pais vendo TV na cama deles e volta para a sua já sonolenta e nem um pouco afim de ler um livro? Quem sou eu? Não sei se trata-se de perguntar quem sou eu ou quem eu quero ser. Quero ser tantas coisas, tantas pessoas. Tenho tantas dúvidas de quem sou que não consigo nem mesmo me definir.
Penso que sou uma pessoa extrovertida, comunicativa, falante e alegre. Mas aí o Advogado do Diabo que existe dentro de mim pergunta "Será que tu és assim mesmo? Ou será que é assim que tu te define? Ou os outros te definem? Ou quem tu gostaria de ser? Ou quem tu foi educada para ser?". Quando penso nisso, já não sei mais quem sou nem quem fui. Algumas partes de mim parecem acopladas como próteses e não naturais. Isso sou eu? Será que a "prótese" faz parte de quem eu sou? E se não faz, como eu deixei acoplarem a mim?
Entro em um parafuso mental eterno tentando desesperadamente encontrar algo, uma palavra, uma ação, qualquer coisa que me defina. Nada me define. Nada! Como? Eu já fui mais certa de quem sou, não fui? Não? Sim? Já nem sei mais nada. Pego o chá extremamente doce que meu pai fez há pouco pra mim e coloco a xícara no peito, enquentando-o. A pergunta não cessa "Quem eu sou? Quem sou eu?". Talvez eu não encontre a resposta agora, mas será que eu dia encontrarei? Se são as minha escolhas que me definem, eu escolho quem ser? Se eu for quem eu quero ser eu serei feliz? Por onde começar a ser?
As dúvidas giram tanto que já estão me deixando tonta, mas não sonolenta. Já é quase 1h da manhã e eu quero saber quem eu sou e porque sou. Parece não fazer sentido viver sem saber quem sou. Não quero viver de mentiras nem enganos. Ou quero? O que eu quero? Meu Deus! Estou entrando no parafuso de novo. Acho que eu penso demais em tudo! Isso me define? Será que é isso que sou, uma pessoa que pensa muito? Mas é só isso que sou? Socorro. Quem sou eu?
A angústia aumenta, o barulho do ar condicionado parece cada vez mais alto e atordoante. Quero encontrar uma resposta. Fico pensando que minhas confusões sobre mim mesma começaram naquele ponto que vocês todos se lembram. Eu perdi meu chão e meu céu naquele dia, mas porque? Por que investi tanto naquilo? Agora já nem sei mais quem sou e isso é péssimo. Tomo mais um gole de chá para descer o choro. O que há de errado comigo? Não consigo conter as lágrima, elas atrapalham minha escrita, mas minha mente não para "Quem sou eu? Quem sou eu?". Não sei e já estou quase de saco cheio de perguntar. Quero dormir, mas não tenho sono. Quero não pensar nisso, mas não consigo.
Talvez eu seja uma pessoa que nunca serei no final. Talvez eu seja alguém que tenha que se preocupar em não ser exatamente como se quer para não magoar quem se ama. Talvez. Não sei. Eu queria ser tantas coisas, tantas pessoas. Ah! Eu queria. Mas não sei se sou, se posso ser. Talvez eu deva seguir perguntando e talvez eu só saiba quem eu sou quando eu estiver quase morrendo, reunindo meus fatos e definindo quem eu fui quando não sabia quem era. Talvez ninguém saiba, mas invente sua certeza e seja feliz. Talvez eu seja apenas uma pessoa em uma mudança tão constante que não há um "eu" definido. Talvez. Não sei.
Acho que vou esperar para me definir quando eu estiver morrendo, reunir meus fatos, escolhas, consequências e decisões e então defina quem eu fui. Por enquanto, o que me resta, é continuar perguntando e tentando saber.
Não sei. Talvez isso, afinal, seja eu.

Um Lar

Às vezes fico imaginando como eu decoraria o "Meu Canto".
Quando criança eu vivia montando decorações no The Sims e amava mudar os móveis de lugar, inventar novos ambientes.
Acabei não seguindo esta área, mas ainda quero um lugarzinho lindo pra chamar de meu. Um Lar.
Mexendo por alguns lugares da internet, achei um site chamado Casa Aberta que tem fotos dos lares alternativos mais legais que eu já vi.
É exatamente como estes que eu quero o meu!

Agora é pensamento positivo para um dia montar o meu cantinho.

Gente na vida da Gente


O acaso ou o destino fazem com que certas pessoas entrem no nosso caminho.
E outras nunca o cruzem.
Você já pensou nisto?
Quase sete bilhões de pessoas no mundo e você não conhece nem um por cento delas.
Por que?
Acaso? Destino? O que?
Todos os dias passamos por milhares de pessoas na rua e conhecemos tão poucas.
Por que?
Por que certas pessoas fazem parte de nossos dias e outras não?
Quem decide isso? Somos nós? O acaso? O destino?
Pessoas andam de ônibus todos os dias. Sentam do lado de pessoas que não conhecem e nem fazem questão de conhecer.
Por que?
Cumprimentar apenas as pessoas que conhecemos não é quase a mesma coisa que rever apenas filmes que já vimos? Ou visitar lugares que já fomos?
Por que é assim?
Todos os dias, na mesma parada de ônibus, pessoas descem e pessoas sobem.
As que descem nunca conhecerão as que sobem. Ou será que sim?
Será?
Fico me perguntando como funciona essa coisa toda de gente na vida da gente.
Por que algumas pessoas se tornam especiais e outras não?
Por que algumas a gente passa a conhecer e outras sequer vê na rua?
Por que?
Me sinto limitada de conhecer o mundo, pois não conheço as pessoas.
Por que quero conhecer o mundo todo se não me interesso em conhecer as pessoas estranhas que me cercam?
Por que?
Está tudo definido ou a gente que define quem entra e quem sai das nossas vidas?
Como?
Não sei entender. Talvez nunca entenda.

Ou talvez a pessoa que pudesse me explicar isso
nunca cruze o meu caminho.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ame-me

Venha suave mas decidido. Leve mas certeiro.
Venha querendo mas não forçando. Invadindo mas não cortando.
Venha acalentar com cuidado. Silenciar com sabedoria.
Venha calar a minha boca cheia de chatices.
Venha com amor e com calor do peito. Aqueça-me sem pressa.
Aqueça-me não esqueça-me. Acolha-me não encolha-me.
Ajude-me não enxote-me. Ame-me.
Nunca esqueça de me amar acima de tudo.
Nunca esqueça que quem ama não abandona, portanto não me deixe só. Sob hipótese alguma.
Venha, amor. Venha.
Venha logo que sinto frio. Sinto só, sinto saudade.
Venha logo, não demore. Quero-te agora. Um instante.
Venha, do jeito que vier.

Apenas venha,
chegue

e me leve embora.

Desconhecendo

É estranho parar na frente da tela, ter tanta coisa pra escrever e não saber exatamente como.
É estranho começar vários textos e só terminar alguns. Não gostar de nenhum.
É estranho por que não sei o que fazer quando quero dizer e não consigo.
Quero dizer

e não consigo.

Quero dizer

e não me escutas.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Obrigada

Andei conversando com algumas pessoas sobre o blog e muitas delas têm elogiado o que posto, portanto gostaria de agradecer "oficialmente", pois o apoio e valor que vocês dão ao meu blog só me dá mais vontade ainda de escrever!
Muito obrigada também, claro, pelas 130 curtidas na página do blog! Estou muito muito contente!

Beijos e boa leitura sempre!

A vida que a gente leva


Estão tentando me ensinar a não levar a vida tão a sério, a deixa ela seguir o próprio fluxo um pouco. Sem forçar oportunidades, momentos, encontros, risos.
É difícil, mas estou tentando.
Às vezes paro e penso que com esta forma de pensar que estou construindo eu poderia ter aproveitado muito mais vida. 
Claro que não me arrependo de meus atos, afinal foram eles que me levaram até este exato momento hoje, escrevendo exatamente sobre isto. Isso é vida.
Mas me refiro àqueles momentos dos quais eu poderia ter desfrutado muito mais, aproveitado muito mais. Sem levar tudo tão a sério.
Não sei o que há comigo, talvez seja a minha crise dos 40 aos 18 anos. Precoce e ruim.
Queria ter rido um pouco mais das piadas que me contaram, queria ter gritado um pouco mais de alegria quando pude. Queria ter rido ao invés de xingado um comportamento. 
Sou tão jovem, porque reprimir a felicidade espontânea? Porque?
Hoje eu entendo que poderia ter aproveitado bem mais cada segundo dos meus dias, mas é claro que eu não teria chegado a esta conclusão sem te-los desaproveitado, portanto estou feliz.
O aprendizado na vida é muito constante, mas para mim, de apenas 18 anos e uma longa vida pela frente, às vezes eles parecem muito mais esclarecedores do que para outras pessoas.
É por este aprendizado que tenho tanta gana de fazer com que as pessoas que eu amo entendam que eu quero aproveitar muito mais ao lado delas. Sem tanta cobrança, sem tanta seriedade. Quero que elas me ajudem nisso, pois preciso delas.
É por este aprendizado que não quero deixar mais nada passar voando por mim sem eu aproveitar um pouco mais, viver mais aventuras. É por isso que eu quero degustar a vida como ela é e não como eu quero que ela seja, afinal o verdadeiro sabor dela é o que eu não meti a mão.
E é por este aprendizado que eu quero viver um pouco mais, mas um pouco de cada vez, não tudo ao mesmo tempo. Quero deixar o relógio contar as horas da maneira que ele quiser, pois eu não sou mais tão escrava dele. 
Poxa! Eu tenho apenas 18 anos, porque ser tão obstinada em ser perfeita, organizada e responsável?
Não são as grandes merdas feitas que a gente se lembra depois? Eu quero fazer as minhas e rir delas no futuro, sem medo de julgamentos e sem pesar nenhum. Quero ter histórias pra contar, quero poder dizer a todos o quanto sou feliz por ser do jeito que sou e não haver problema algum nisso.
Eu quero e eu vou, mas preciso contar com a ajuda de todos vocês meus amigos, pessoas que eu amo. É só com vocês que eu poderei ter tantas histórias para contar e aproveitar cada segundinho a mais.

Afinal, o que se leva da vida é a vida que se leva.

domingo, 11 de agosto de 2013

Feliz Dia do

Feliz dia do...
"tu ainda tá dormindo? Levanta!"
"já to passando aí pra te buscar."
"quem é esse cara que te deu oi?"
"to chegando. Espera na frente."
"que horas te busco? meia noite?"
"quem vai contigo?"
"precisa abastecer o carro?"
"me ajuda a colocar a letra maior aqui no computador!"
"olha aqui as vídeo cassetadas!!"
"vamos na missa?"
"já tá pronta? Estamos atrasados!"
"não acha essa saia meio curta?"
"Ohhh, que bonita!"
"Filha, o pai te ama!"

Feliz Dia dos Pais a todos os pais do mundo, mas especialmente ao meu pai.
Feliz Dia dos Pais não só hoje, mas se tem um dia especialmente para homenageá-los que assim seja.

sábado, 10 de agosto de 2013

Papéis


Fico pensando nessa preocupação de ocupar papéis.
Pessoas lutando pelo papel da vítima. Para não interpretarem o vilão.
Essas pessoas esquecem que não há apenas dois papéis em uma história.
Porque ninguém mais quis ser o heroi?
Ora, o heroi sempre foi tão aplaudido nas história fictícias. Porque não seria na vida real?
Porque não ser o heroi?
E quanto aos mocinhos? Porque não sermos os mocinhos?
Não preciso ser a princesa presa no castelo, mas posso ser a moça boa e querida do campo.
Tu não precisas ser o príncipe, mas pode ser aquele bom moço que todos no vilarejo cumprimentam todas as manhãs.
Bom, podemos tentar interpretar esses papéis.
Apenas tentar.
Ou quem sabe podemos interpretar outros. Aqueles diferentes que surgirem.
Talvez aqueles de figurantes. Ou de produção.
Não precisa ser de vilão.
Mas temos que interpreta-los de coração.
E se não nos adaptarmos em nenhum, podemos ser plebeu e plebéia.
E se mesmo assim não der, podemos ser nossa própria platéia.
E de lá, assistirmos a todas as histórias.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Deixa

Deixa pra lá todas essas coisas. Aquelas também.
Deixa pra lá todas aquelas mágoas, aquelas brigas.
Deixa ali naquele canto mesmo. Depois eu jogo fora.
Deixa ali também aquelas palavras inúteis, aqueles pedidos idiotas.
Deixa tudo ali. Eu jogo tudo fora depois.
Deixa lá e vem cá.
Vem cá e deixa eu te fazer um cafuné até tu dormires.
Vem cá e deixa eu te deixar colocar o teu braço atrás do meu pescoço sem reclamar que dói.
Deixa doer, eu só não vou reclamar.
Deixa eu tirar aquele anel que incomoda nossos dedos quando queremos andar de mãos dadas.
Deixa eu te chamar na calada da noite pra ver o frio da madrugada no meu terraço ou na minha sacada.
Deixa eu te convidar para um banho de lua e de estrelas. Sem compromisso.
Deixa eu pensar que tu irás aceitar tudo isso.
Deixa eu acreditar que tu voltas.
Deixa. Não faz bem, mas deixa.
Deixa eu sonhar um pouco mais conosco. Mesmo que acordada.
Deixa eu um pouco mais sozinha. Mas não me deixa.
Ou, pelo menos, não me deixa pensar que me deixarás.
Deixa eu escrever todas essas coisas.
Deixa eu curar todas essas mágoas.
Deixa eu sonhar com tudo o que a gente não viveu.
Deixa eu fingir que vivemos e contar essas histórias inexistentes pros meus netos.
Eu deixo tu contares pros teus também, já que não serão nossos.
Deixa eu ter mais um pouco disso tudo.
Deixa, que uma hora eu paro.

E te deixo.

Volta

Queria voltar só um pouquinho.
Queria voltar para aquele quentinho, aquele chameguinho, aquele xodó.
Queria voltar para aqueles beijinhos, aquelas palavrinhas sem sentido, aqueles sussurros.
Queria voltar para aqueles abraços apertados, aquelas mãos dadas.
Queria voltar não por que me arrependo. Não me arrependo de nada.
Só queria voltar pra viver aquilo tudo de novo. Mais pouquinho.
Pra ver se assim matava um pouquinho da saudade que sinto.
Pra ver se assim o nó na garganta desata e vira voz forte e decidida.
Que eu já tive um dia.
Pra te dizer adeus.

Em nome de que?

- Tu tem que levar a vida mais light. Deixar ela te levar.
- Tá, eu sei disso. Mas é difícil fazer isso.
- Como assim?
- É difícil. Por que eu tenho que deixar a vida andar e não fazer força pra nada, mas eu tenho que fazer escolhas o tempo todo. Por exemplo agora: eu tenho que pegar o carro e ir pra faculdade, mas eu quero ir pra casa. O que eu faço?
- Ah, sim! Tu vai ter que fazer escolhas o tempo todo. A diferença é em nome de que tu faz essas escolhas.

BOOM MENTAL! TUDO FAZ SENTIDO AGORA!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Maria Esperança


Meu nome é Maria Esperança.
Não por que nasci com este nome, mas por que nasci com este dom.
Nasci com o dom de ter esperança no mundo, nas coisas e, acima de tudo, nas pessoas.
Maria Esperança por que acredito em um mundo melhor.
Maria Esperança por que acredito em Deus e no Destino.
Maria Esperança por que rezo todos os dias por um futuro melhor.
Maria Esperança por que acredito no silêncio da natureza e em seu poder.
Maria Esperança por que creio no poder das flores e no poder do amor.
Maria Esperança por que dou valor às pequenas atitudes muito mais do que às grandes coisas.
Maria Esperança por que tenho fé nas possibilidades e nas oportunidades.
Maria Esperança por que mantenho um sorriso no rosto, mesmo com o coração partido.
Maria Esperança por que tenho sonhos quase impossíveis nos quais acredito muito.
Maria Esperança por que acredito no potencial de cada pessoa, única como cada uma é.
Maria Esperança por que espero todos os dias um dia melhor que ontem.
Eu, com dom de Maria Esperança, sofro muitas vezes por acreditar demais. Criar muitas expectativas.
Eu, como Maria Esperança, trilho meus passo sempre esperando uma ótima surpresa, mas ela nem sempre vem. Eu fico frustrada, fico sim.
Mas eu, como uma boa Maria Esperança, ainda sim, com todas as frustrações e desapontamentos, continuo acreditando que se não deu hoje, talvez amanhã dará e será melhor. E se não der amanhã é por que Deus e/ou o Destino têm um plano muito maior para o meu futuro.
Mesmo meu nome não sendo Maria Esperança, eu acredito numa grande Vitória.
E Espero, com esperança.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Deus e/ou Destino

Fiquei pensando: o que será que existe? o que será que nos move? o que será que é?
Deus ou o Destino? Deus e o Destino?
Não sei.
Acredito nos dois, mas me preocupo em saber qual deles devo deixar me levar.
Talvez os dois. Talvez nenhum.
Talvez apenas nas mãos de Deus. Talvez apenas para o Destino.
Espero que algum deles me leve, de leve.
Espero que eu consiga deixar na mão deles.
Espero só que eu vá, de leve, vivendo e andando por aí.
E que um dia, um desses dois passe a me surpreender.

Incrivelmente Mudada - parte 2

Em 23 de agosto de 2011 escrevi um texto chamado Incrivelmente Mudada e, hoje, escrevo outro.
É incrível pelo fato de que em alguns anos eu mudei tanto meus pensamentos, aprendi tantas coisas, bati a cabeça tantas vezes.
É incrível por que nascemos e crescemos sendo educados a sermos sempre nós mesmos e então, muitas vezes nos atemos a quem somos agora como se a mudança também não fizesse parte de ser você mesmo.
Não sei se fui clara, mas o que quero dizer é que, mesmo que mudemos, a pessoa que passamos a ser não é outra, continua sendo nós mesmos, só que diferente.
Sermos nós mesmos não implica necessariamente em ser a mesma pessoa sempre, isto é diferente. Na verdade, isto é quase burrice.
Ser a mesma pessoa sempre com medo de não ser mais você mesmo o torna uma pessoa inflexível a adversidades, o torna uma pessoa difícil de se adaptar a novas condições de vida, a novas oportunidades. Na verdade, muitas pessoas têm tanto medo de deixar de serem elas mesmas, que deixam muitas oportunidades passarem e pior, por o "eu mesmo" delas ser orgulhoso, elas não se arrependem.
Atenção! Mudar não significa seguir o que os outros querem que você seja. Significa estar aberto a novos aprendizados e conhecimentos para que essas coisas mudem a gente.
Mudar não significa deixar de ser quem você é, por que mesmo mudado, você continua sendo alguém. A diferença está se você se sente bem e seguro com a pessoa que é, passou a ser ou deixou de ser.
Se você mudou e não é mais quem foi, isso é completamente normal.
Fique seguro de si.
E, seja quem for, seja feliz.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

(Ins)Piração

Sabe aquelas noites em que tu já vai dormir tarde, deita na cama e não consegue dormir. É claro que sabe. Todos sabemos.
Muita gente diz que é o estresse, outras que são os fatos do dia que ficam atormentando. No meu caso são ideias borbulhando.
Tem dias que eu fico tão inspirada para escrever tanta coisa que eu simplesmente não consigo parar de formular os textos, pensar nas palavras, virgular as frases.
Não sei se você já se sentiu assim, mas te digo, meu amigo, não é algo que se queira todas as noites.
As ideias nem sempre são tão boas e são nessas que eu perco mais ainda o meu sono. Tentando melhora-las, ajeita-las, para que saia algo bom e útil dali.
Nem sempre sai, claro. Mas eu continuo tentando.
Este texto aqui, por exemplo, é um daqueles "nada demais" que surgiram ontem de noite quando eu não conseguia dormir de tanto pensar em ideias para escrever.
Talvez tu não gostes dele, mas eu queria apenas compartilha-lo contigo.

domingo, 4 de agosto de 2013

No Name - 1

Caso você tente adivinhar, nem se incomode em tentar, esta história deve ter acontecido há alguns anos, ou deve estar acontecendo agora, ou nunca acontecerá. Enfim, é puro fruto de uma imaginação. A minha.

Numa terça-feira comum, Clarice sai de sua aula de manhã, pega seu carro no estacionamento e ruma ao seu trabalho. Como todos os dias, sua rotina segue normalmente, ela liga o rádio e pegar as mesmas ruas para chegar aos mesmos destinos nos mesmo horários. Hoje ela decide fazer diferente. Pega uma rua um pouco menos movimentada por carro e um pouco mais por caminhões, pois é uma área de depósitos. Mesmo não gostando muito de caminhões perto de seu pequeno carro hatch, Clarice opta por este caminho, pois quer chegar mais cedo no trabalho para que, com sorte, também saia um pouco mais cedo. Ao entrar na rua menos movimentada, ela observa que está vazia e sem caminhões. Feliz com a sorte que dera, acelera para passar logo esta parte do caminho. O que Clarice não contava era o Seu João e
. . .

Seu João saira naquele dia atrasado com sua entrega. Havia dormido em casa naquela noite, depois de dois meses de viagens pelo Brasil. Sua mulher, muito chateada com a constante ausência do marido, vida de caminhoneiro, resolve discutir a relação naquele dia. Seu João, depois de acalmar sua esposa de noite e dormir muito mal na madrugada, acaba levantando um pouco mais tarde do que deveria, se veste um pouco mais devagar do que deveria, toma seu café um pouco mais tarde do que deveria. Entra no caminhão e o danado insiste em não querer pegar. Apenas na terceira tentativa de dar a partida o caminhão acorda. Seu João tinha que largar a carga que levava no caminhão em seu depósito, carregar outra em outro depósito e partir em viagem por mais, quem sabe, dois meses. O que Seu João não contava era Clarice e
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Marcos trabalhava de manhã e a tarde todos os dias. Ainda tinha aulas à noite. Mas, naquela terça-feira, ele decidira inventar uma desculpa qualquer para não ir trabalhar. Ficou em casa naquele dia, só levantou quando deu vontade - lá pelas doze horas mais ou menos. Ligou a TV, abriu a geladeira e viu que não havia nada de bom para comer. Não se incomodou em pedir tele-entrega nem de sair para almoçar. Ficou em casa. O que Marcos não contava era aquela ligação horrível que receberia naquele dia.
O telefone tocou e ele, preguiçosamente, atendeu.
- Alô.
- Marcos, Oi. É a Ivone, mãe da Clarice.
Ele podia ver o terror na voz dela. Ficou gélido.
- Sim, fale.
- A Clarice...
- O que houve?!
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Clarice acelerou pela rua deserta de veículos. De um dos lados da rua um paredão de pedras, do outro, várias garagens de saída de caminhões. Clarice, sem olhar muito, passou por várias e quando passou por aquele enorme portão azul marinho
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Seu João acabara de carregar seu caminhão de toras de madeira e está atrasado. Com pressa pula para dentro da cabine do caminhão e dá a partida. O caminhão responde bem e ele, sem olhar muito seus retrovisores, dá ré.
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Clarice vislumbra um caminhão à sua esquerda, mas tudo acontece tão rápido que ela nem consegue entender a cena. O fato é: o caminhão carregado de toras de madeira acertou em cheio seu carro, justamente do seu lado, o da direção.
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- Clarice sofreu uma acidente.
- Ela está bem?!
Consegue ouvir o desespero de Ivone se transformar em choro.
- Não! Ela está na UTI do Hospital Nossa Senhora do Carmo.
Marcos não consegue raciocinar direito. Nem falar. Apenas desliga o telefone e corre para o primeiro ponto de táxi de se lembra. Dirigir no estado emocional que estava seria muito arriscado.
Marcos havia sido namorado de Clarice durante muitos anos. Chegaram até a noivar, mas não deu certo. Contudo, Ivone sabia que ele se importava muito com ela ainda e decidiu avisa-lo.
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Ivone, desesperada, já fumara duas carteiras de cigarro enquanto esperava o parecer do médico sobre o estado de Clarice. O médico afirmou que o estado dele é grave mas estável. Clarice sofreu vários traumas em todo o corpo, mas está respirando bem e a pressão está um pouco alta, mas nada alarmante.
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Marcos chega na porta do hospital tão ofegante que parece ter corrido até lá e não ido de táxi. Ele entra e pergunta à primeira mulher de branco que vê:
- Onde é a UTI?
- Subindo as escadas, à direita e depois à esquerda, Senhor.
Ele nem se dá o trabalho de agradecer. Voa escadas acima e entra na sala de espera da UTI. Vê Ivone sentada em um canto, cabisbaixa.
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João ouve um estrondo no mesmo momento em que sente uma oscilação em seu caminhão. Ele pensa "Ah, não! Logo agora?! Que droga!". Desce e anda até a rua. Ele que achava que havia batido na grande parede de pedras, se espanta ao ver que espremeu um pequeno Nissan March azul entre seu caminhão e a grande parede de pedras. João entra em desespero ao ver que a motorista é uma jovem e está desacordada. Ele começa a gritar por ajuda e liga para a polícia, para o corpo de bombeiros, para a ambulância, enfim, para todos os números de emergência que se lembra.
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Ivone e Marcos se cumprimentam e ela explica a ele mais ou menos o que entendera ter acontecido. Falou sobre um tal de João que era o responsável pelo caminhão que havia batido e ressaltou o desespero daquele homem.
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João acorda de um sono profundo e vê luzes intensas acima de si. Se dá conta de que está na sala de observação de um hospital. Ele levanta, sua cabeça dá voltas, dói muito. Uma querida enfermeira lhe acalma e lhe explica que ele ficou muito exaltado com o acidente que ocorreu e que teve uma crise de pânico. Eles tiveram que seda-lo e coloca-lo em uma maca. João lembra-se vagamente de seu dia, tenta reconstruí-lo e, quando chega na parte que vê a jovem desacordada em seu pequeno carro, se atira na cama de novo, exausto apenas por lembrar da cena.
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Continua
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sábado, 3 de agosto de 2013

HAIM - Forever


Quando a gente conhece músicas novas e não consegue parar de ouvir, sabe? Pois é.
Quero compartilhar com vocês minha nova paixão: HAIM.

Espero que gostem.

Enjoy.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Versinhos

"o que mais me intriga é aquela sua ideia antiga de não fazer planos e agora esperará anos para tomar qualquer decisão"

"e o que eu pedia era pouco mas parecia muito quando o muito é muito pouco"

"se queres, vem se não queres, fique aí não vá além"

Onde te perdeste

te perdeste na tua própria confusão no teu próprio "não sei de nada" no teu próprio "deixa acontecer" te perdeste por que não tens atitude

não só te perdeste, me perdeste também se estás confuso, imaginas como eu estou então não posso sustentar tuas dúvidas

se não me dás nenhuma certeza, então eu crio as minhas próprias se não é contigo, então, com certeza, é sem

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Que Dia!

Tem dias que são tão comuns que nem dá vontade de contar. Tu chega em casa, te perguntam como foi o dia e ele pode ser resumido em "Foi bom". Mas tem dias em que tantas coisas dão tão errado que tu é obrigado a contar. Hoje é um dia que eu sou obrigada a contar!
Na verdade, nem tudo deu errado no meu dia hoje, mas as quatro coisas que deram tinham a ver com o meu carro e com a minha desatenção.
Sim, eu sei que dirigir sem atenção é perigoso, mas se eu me desse conta que estava sem atenção, não estaria sem atenção, entende? Enfim, foi só hoje. E estou viva - amém.
Tudo começou quando sai da agência pra ir para minha psicóloga. Imagine você, errei o caminho. Ao invés de pegar, da Protásio, o elevado à direita para a Goethe para quem vai pro Moinhos, entrei na rua que faz o retorno pra pegar o elevado para a Ipiranga. Sim, eu fiz essa merda. E o melhor, só me dei conta na Ipiranga. Ainda bem que conheço mais ou menos por ali e peguei a rua do Hospital de Clínicas pra pegar a Protásio de novo. RÁ! Mas ali estava legal, esperei umas seis vezes a sinaleira abrir e fechar até pegar a Protásio de novo.
Aí, que a minha consulta era 18h30, cheguei 18h40 na frente do prédio. Adivinha o que me acontece. Chego no estacionamento do prédio da minha psicóloga e o portão está fechado. Por uma ironia do destino o estacionamento fechou - só hoje - uma hora mais cedo e eu fiquei buzinando na frente do portão. Até que veio uma menina abrir. RÁ! E pra manobrar, quem disse que a vaga era fácil de manobrar. Aí já eram 18h45.
Saindo da consulta, peguei a Cristóvão em direção à Carlos Gomes e, adivinha, tem uma nova rota por que eles fecharam o acesso da Cristóvão para a Carlos Gomes por uma obra. Eu já tinha feito esse nova rota, segunda-feira, mas hoje fiz a proeza de me perder no caminho. Fui parar lá no Colégio Anchieta uns quinze minutos depois e perguntar pra duas senhorinhas em um Ká vermelho onde eu pegava a Carlos Gomes de volta. Elas, por óbvio, não souberam me explicar, então me sugeriram parar num posto logo adiante e perguntar. Graças a Deus a Carlos Gomes era logo ali pertinho e eu já pude tomar o rumo de casa.
RÁ! Mas tem a quarta história de hoje. Descendo a Freeway meu sinal de reserva do combustível apita. Vou até o posto que o meu pai sempre pede pra eu abastecer e, adivinha, sou atendida por uma ex-colega do fundamental. Pedi pra completar o tanque e, para sair, tinha que dar uma rézinha e, é óbvio, que eu queria mostrar que eu sabia dirigir e dei uma rézona. Adivinha se não tinha uma saveiro, rebaixada, cor de chão, com os faróis apagados um pouco atrás do meu carro? Tinha, claro. Encostei nele, de levezinho. Desci do meu carro.
Por amor e piedade de Deus meu carro ainda parece ter saído da montadora ontem, por que não sofreu um arranhão se quer (se bem que está noite, amanhã eu confirmo esta informação), mas eu quebrei um ladinho do parachoque de um tal de Alexandre.
Ainda bem que o Alexandre foi querido e educado e nem me xingou. Pedi cinquenta vezes desculpa e acho que ele entendeu que eu me arrependi mesmo - óbvio. Aí agora to esperando o tal Alexandre me ligar pra dizer quanto custa arrumar o parachoque dele. Mas isso é o de menos, ainda bem que não aconteceu nada mais grave.

Estou em casa e tenha consciência de ter aprendido duas coisas hoje:
1a - quando estiver distraída, não saia de carro, de preferência volte pra casa e fique por lá
2a - não dê tanta ré, pode ter alguma coisa grande atrás de você.

O que me resta agora é ficar bem quieta no meu canto para evitar matar meus cães por acidente, quebrar meu telefone, meu notebook ou a TV, por exemplo. Não vou fazer comida nem mexer no fogão, óbvio, por que hoje eu estou, digamos assim, arriscada demais!