Tem dias que são tão comuns que nem dá vontade de contar. Tu chega em casa, te perguntam como foi o dia e ele pode ser resumido em "Foi bom". Mas tem dias em que tantas coisas dão tão errado que tu é obrigado a contar. Hoje é um dia que eu sou obrigada a contar!
Na verdade, nem tudo deu errado no meu dia hoje, mas as quatro coisas que deram tinham a ver com o meu carro e com a minha desatenção.
Sim, eu sei que dirigir sem atenção é perigoso, mas se eu me desse conta que estava sem atenção, não estaria sem atenção, entende? Enfim, foi só hoje. E estou viva - amém.
Tudo começou quando sai da agência pra ir para minha psicóloga. Imagine você, errei o caminho. Ao invés de pegar, da Protásio, o elevado à direita para a Goethe para quem vai pro Moinhos, entrei na rua que faz o retorno pra pegar o elevado para a Ipiranga. Sim, eu fiz essa merda. E o melhor, só me dei conta na Ipiranga. Ainda bem que conheço mais ou menos por ali e peguei a rua do Hospital de Clínicas pra pegar a Protásio de novo. RÁ! Mas ali estava legal, esperei umas seis vezes a sinaleira abrir e fechar até pegar a Protásio de novo.
Aí, que a minha consulta era 18h30, cheguei 18h40 na frente do prédio. Adivinha o que me acontece. Chego no estacionamento do prédio da minha psicóloga e o portão está fechado. Por uma ironia do destino o estacionamento fechou - só hoje - uma hora mais cedo e eu fiquei buzinando na frente do portão. Até que veio uma menina abrir. RÁ! E pra manobrar, quem disse que a vaga era fácil de manobrar. Aí já eram 18h45.
Saindo da consulta, peguei a Cristóvão em direção à Carlos Gomes e, adivinha, tem uma nova rota por que eles fecharam o acesso da Cristóvão para a Carlos Gomes por uma obra. Eu já tinha feito esse nova rota, segunda-feira, mas hoje fiz a proeza de me perder no caminho. Fui parar lá no Colégio Anchieta uns quinze minutos depois e perguntar pra duas senhorinhas em um Ká vermelho onde eu pegava a Carlos Gomes de volta. Elas, por óbvio, não souberam me explicar, então me sugeriram parar num posto logo adiante e perguntar. Graças a Deus a Carlos Gomes era logo ali pertinho e eu já pude tomar o rumo de casa.
RÁ! Mas tem a quarta história de hoje. Descendo a Freeway meu sinal de reserva do combustível apita. Vou até o posto que o meu pai sempre pede pra eu abastecer e, adivinha, sou atendida por uma ex-colega do fundamental. Pedi pra completar o tanque e, para sair, tinha que dar uma rézinha e, é óbvio, que eu queria mostrar que eu sabia dirigir e dei uma rézona. Adivinha se não tinha uma saveiro, rebaixada, cor de chão, com os faróis apagados um pouco atrás do meu carro? Tinha, claro. Encostei nele, de levezinho. Desci do meu carro.
Por amor e piedade de Deus meu carro ainda parece ter saído da montadora ontem, por que não sofreu um arranhão se quer (se bem que está noite, amanhã eu confirmo esta informação), mas eu quebrei um ladinho do parachoque de um tal de Alexandre.
Ainda bem que o Alexandre foi querido e educado e nem me xingou. Pedi cinquenta vezes desculpa e acho que ele entendeu que eu me arrependi mesmo - óbvio. Aí agora to esperando o tal Alexandre me ligar pra dizer quanto custa arrumar o parachoque dele. Mas isso é o de menos, ainda bem que não aconteceu nada mais grave.
Estou em casa e tenha consciência de ter aprendido duas coisas hoje:
1a - quando estiver distraída, não saia de carro, de preferência volte pra casa e fique por lá
2a - não dê tanta ré, pode ter alguma coisa grande atrás de você.
O que me resta agora é ficar bem quieta no meu canto para evitar matar meus cães por acidente, quebrar meu telefone, meu notebook ou a TV, por exemplo. Não vou fazer comida nem mexer no fogão, óbvio, por que hoje eu estou, digamos assim, arriscada demais!
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