Leve, leve e levando
Devagar e sem pressa
De mancinho como um sono profundo
Leve, leve como uma pena no ombro do sujeito
Como a batida do peito, que leva pro fundo
Leve, leve, leve e vá levando
Ainda que devagando levemente
Leve como um soneto da aurora
Aqui e agora, leve
Leve sem corridas e sem pódios
Sem largada e sem ódio
Leve como o som do bom blues
Leve como o céu azul ou como as nuvens brancas
Voando e voando sem lugar
Nem hora pra chegar
Leve, leve e forasteiro
Não sei o que vem primeiro
A saída ou a chegada
O encontro ou o beijo
Leve como o infinito
Sempre tão sutil e bonito
Leve como a mente, incoerente
Leve mente
Leve, mas não leve embora
Levemente, me leve junto, pertinho
Devagarinho
Para que eu aprecie o caminho
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