A Indireta, velha amiga minha dos tempos mais críticos.
Ela sempre acompanha quando preciso dizer algo e não sei como.
Não a julgue. Não me julgue.
Eu e a Indireta somos amigas. Até por isso que ela não me ofende.
Não se ofenda também. Ela não tem más intenções.
Ela avisa. Anuncia. Comunica.
Você entende a Indireta, mas se irrita com ela.
Você queria que ao invés da Indireta, as pessoas usassem outra amiga: a Verdade.
A Verdade dói mais, a Verdade machuca.
Tem gente que gosta de Verdades, mas tem gente que não gosta de dizê-las.
Ao invés de dizer Verdades, tem gente que recorre às Indiretas.
Não é de todo ruim. Ela é um pouco mais genérica e você entende igual.
Qual o problema?
A Indireta tem sofrido grande preconceito, mas ela é tão eficaz.
Esta querida amiga já foi usada por todos, inclusive por você que a discrimina.
Fala que ela é feia e má.
Ela é um dom. Ela tem um dom.
O dom de dizer sem falar.
De avisar sem sinalizar.
Acredito tanto na eficácia da Indireta que aposto que, provavelmente, você aí lendo se lembra de quantas vezes usou a Indireta para dizer algo a alguém, ou recebeu uma Indireta e entendeu o recado.
Não julgue a Indireta. Ela cumpre com seu papel.
Mas e você? Cumpre com o seu?
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